segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012


O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - Se procurar imóveis comerciais na Avenida Brigadeiro Faria Lima se tornou tarefa árdua, nos demais polos comerciais da cidade o cenário não é muito melhor. A taxa de vacância de escritórios na capital paulista atingiu 1,2% no primeiro trimestre deste ano.
O índice indica que, a cada cem imóveis comerciais existentes na cidade, apenas 1,2 estavam disponíveis para locação. É a menor taxa verificada nos últimos 10 anos, diz a Colliers.
Segundo especialistas no mercado imobiliário, uma taxa saudável de vacância na cidade deveria variar entre 10% e 12%, o que permitiria que quem procura ache, e quem aluga peça o preço adequado pelo imóvel.
Valores. Com pouca oferta, o preço está em alta. Em São Paulo, o valor médio cobrado pelas dez principais regiões comerciais da cidade é de R$ 104,50.
No primeiro trimestre deste ano, segundo análise da Colliers, das dez regiões de escritórios corporativos classes A e A+ (de alto padrão) analisadas pela consultoria, metade apresentou valores de locação acima dessa média de mercado. São elas: Marginal Pinheiros, Vila Olímpia, Avenida Paulista, Itaim e Faria Lima.
Os valores médios de locação cresceram 7,76% em relação ao trimestre anterior. Nesse período, o IGP-M subiu 2,43%, indicando crescimento real de pouco mais de 5%.
No mundo. "Quando a gente compara esse valor com outras cidades, São Paulo está entre os metros quadrados mais caros do mundo", diz a vice-presidente da Colliers International, Sandra Ralston.
Para ser mais exato, é a sexta cidade mais cara do mundo, com valor de locação de US$ 75,60 (incluindo IPTU e despesas operacionais), à frente de metrópoles como Nova York (US$ 58,30) e Washington (US$ 48,10). "Esse cenário é um reflexo do bom momento econômico vivido pelo País", diz Cyro Neufel Filho, da imobiliária Lopes. "Ao confiar mais na economia, as empresas passam a apostar mais em sua própria expansão, buscando novos espaços."
Ainda para este ano, está prevista a entrega de 350 mil m2, o que representa cerca de 22% do inventário total. Esta nova área aumentará a taxa de vacância na cidade e possibilitará a realocação das empresas em expansão.

 


VENHA MORAR NO CENTRO DE SÃO PAULO


 
Morar no Centro de São Paulo é muito prazeroso, por ter tudo perto – cinemas, teatros, centros culturais excelentes com atividades gratuitas (ou quase), como o CCBB – Centro Cultural Banco do Brasil, o Caixa Cultural, a Galeria Olido, etc..






O Edifício Marian, antigo hotel que acaba de ser vendido e adaptado em estúdios para moradia



Assim, sem alarde, a região central começa uma retomada. Empresas se empenham em dar novo uso a prédios abandonados, e construtoras que nunca investiram por aqui, como a W Zarzur lançam torres altíssimas. Também não falta gente que queira adotar a área e, quem sabe, devolver a ela o burburinho de outrora.
A transformação de prédios também é lucrativa. Geralmente a compra dos prédios é bancada por um grupo de comerciantes interessado em bons negócios. O custo da reforma varia de R$ 4 milhões a R$ 8 milhões. E o metro quadrado desses apartamentos, que até uns dois anos atrás estava em aproximadamente 1.200 reais, já está custando 4.000 reais! E quem quer morar no centro? Há os que chegam atraídos pelos preços e os convictos na valorização. Entre eles, famílias e jovens.
Os raros terrenos no centro também são disputados. Ali, na  Rua Santo Antonio, a W Zarzur erguerá um edifício. A torre terá 29 andares e 399 apartamentos. O nome da torre –Brasil. Segundo a construtora, também há interesse em conservar a região em parceria com o empresário Walter Mancini.
Enquanto a iniciativa privada aposta suas fichas na área, a prefeitura dá forma ao seu projeto de habitação na região. Depois de nove meses do anúncio da desapropriação de 53 prédios vazios, o Renova Centro ensaia sair do papel. Pelo menos três prédios estão com documentação adiantada. A lista completa dos imóveis nunca foi divulgada por medo de invasões.
AS VANTAGENS DE MORAR NO CENTRO
O sistema de transporte na região é imbatível. Em quase todos os bairros há estações de metrô e muitas opções de linhas de ônibus.
Se colocados em prática os projetos do governo municipal, a tendência é que o centro se valorize. Há planos para revitalizar as regiões do parque Dom Pedro 2º e da Luz.
O mais provável é que a vista de seu apartamento não mude. Com poucos terrenos livres, a probabilidade de brotar um espigão na sua janela é bem menor do que em outros bairros, como o Morumbi.
Na região central concentram-se muitos centros culturais. Se depender deles, não falta programação para o fim de semana.
PORQUE MORAR NO CENTRO DE SÃO PAULO
Morar no centro é viver em anonimato e ter discrição, é aproveitar de tudo ao seu redor. Usar transporte público e ir a pé para o trabalho ou de ônibus e metrô Sou um defensor da área e não acho graça em quem só coloca defeitos no velho centro. Os assaltos acontecem em qualquer lugar. Quem fala mal não conhece a região.